Marcos Cordeiro d’Ornellas trilhou um plano acadêmico que o levou por alguns dos principais centros de conhecimento do mundo. Engenheiro formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 1990, obteve o título de Mestre em Ciência da Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1992. Sua busca por conhecimento o conduziu além das fronteiras brasileiras: cursou Mestrado em Direitos de Propriedade Intelectual de Sistemas Multimídia pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em Genebra, Suíça, em 2000, e doutorou-se em Ciência da Computação pelo Intelligent Information Systems Group (ISIS) da Universiteit van Amsterdam, na Holanda, em 2001. Completou sua formação com um pós-doutorado na Universidad Complutense de Madrid, Espanha, em 2006.
Mas há muito mais em Marcos do que títulos e diplomas podem revelar. Cidadão do mundo por vivência e por vocação, pai de uma filha linda, ele transita entre universos aparentemente distantes com a mesma naturalidade: da precisão dos algoritmos à delicadeza das orquídeas, da engenharia à espiritualidade. Esportista, praticante de spinning e pilates, encontra nas praias de Balneário Camboriú um de seus refúgios prediletos. Na cozinha, assume o papel de chef experimental; na sala, monta com dedicação lúdica suas criações de Lego Technic. Partilha seu espaço com três gatinhas que são companheiras constantes de sua rotina.
Apaixonado por chocolates gourmets e por viagens, Marcos carrega consigo memórias afetivas que moldaram não apenas o homem, mas também o poeta que se tornaria. Foi seu avô materno quem lhe ensinou as primeiras letras, plantando as sementes de um amor pela palavra que floresceu anos depois. E foi em uma Olivetti Lettera 22 – aquela clássica máquina de escrever portátil, com seu ritmo próprio e suas teclas que exigiam intenção – que o autor aprendeu a escrever poesia, um tanto desastrado e sem pressa, deixando que as palavras encontrassem seu caminho entre o pensamento e o papel.
Este livro é fruto dessa jornada: de um homem que aprendeu a ver poesia onde muitos veem apenas código, beleza onde outros enxergam apenas função, e que descobriu que, às vezes, as verdades mais profundas não estão nos dados, mas nos versos.